Rodeada

Estou rodeada de gente, mas também de solidão. Não estou sozinha, bem sei. Mas os fantasmas que me habitam a alma não me deixam saber disso. Passeio pelas ruas vazias a tentar encontrar uma saída desta bolha que me prende e me sufoca. Grito sem que ninguém me ouça.

A tempestade de pensamentos assola-me. Prendem-me o peito e o coração. Peço socorro, mas em vão. E assim fico, presa na ansiedade e na depressão. Nas paranoias que inventei - nas histórias que criei - nos milhões de universos que, estando só, arquitetei.

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